Um pequeno recado para os grande geradores de resíduos na Cidade de São Paulo
Hoje foi dia de acompanhar a Audiência Pública da PL 313/2013 liderada pela Vereadora Soninha Francine na Câmara Municipal de São Paulo. Foi também dia de aprender um pouco mais sobre o cenário da gestão de resíduos na nossa cidade.
Alguns pontos de atenção para grandes geradores:
- Segundo o Sr Edson Tomaz de Lima Filho, presidente da Amlurb, dos 300 mil grandes geradores da cidade de São Paulo apenas 15 mil se cadastraram espontaneamente e a Amlurb está cruzando dados para encontrar os não cadastrados.
- Os que entrarem em conformidade terão um selo verde da prefeitura.
- Isso deve reduzir muito a coleta domiciliar, que hoje está em 12 mil toneladas/dia e acaba atendendo também os grandes geradores "ocultos", sobrecarregando as contas do município. Segundo a própria Amlurb os gastos chegam hoje a 2,5 bi anuais.
- Todos os CNPJs que geram mais de 200 litros diários de resíduo são considerados grandes geradores e precisam contratar coleta específica, o que significa que até uma padaria é um grande gerador.
- Em 12 anos não teremos mais nenhum aterro disponível para os resíduos de São Paulo, em 20 anos o aterro de Caieiras também estará saturado e dependeremos do encaminhamento para aterros distantes e privados, segundo a própria Amlurb, a preços altíssimos. Isso vai virar custo para todos os negócios instalados na cidade.
- A Meta 24 da prefeitura de São Paulo pretende reduzir em 500 mil toneladas/ano o total dos resíduos enviados a aterros municipais em 4 anos. Foram quase 6 milhões de toneladas só no primeiro semestre de 2018.
Agora uma curiosidade setorial: na cidade de São Paulo, apenas o Hospital Oswaldo Cruz se cadastrou como grande gerador hospitalar.
#boracausar também no mundo dos negócios. Se não pensarmos sistemicamente, o ecossistema vai nos forçar a fazer isso. Melhor antes do que tarde.